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Remington S8500 vs GHD Original Styler: alisadores que prometem, mas será que entregam?

comparativo

Remington S8590

diferenças

GHD Gold

vs

Quem tem cabelo que precisa de calor pra ficar no lugar sabe o dilema: gastar mais em um alisador de salão ou apostar num modelo mais acessível que parece promissor? O GHD Original Styler e o Remington S8500 Shine Therapy representam bem essa escolha. De um lado, temos a fama quase mítica de um clássico de salão. Do outro, uma proposta que mistura bom custo-benefício com uma promessa tentadora de brilho imediato.

Confesso que a primeira vez que testamos o Remington S8500, a surpresa foi real. As placas com óleo de argan embutido fazem diferença desde a primeira passada, e o cabelo sai com uma leveza que não se espera de um aparelho nessa faixa de preço. Já com o GHD, a impressão é outra: tudo nele parece calculado, milimétrico, como se estivesse pronto para entregar sempre o mesmo resultado, não importa o tipo de fio. E ele faz isso com um silêncio quase arrogante.

Vamos destrinchar tudo o que observamos: construção, aquecimento, usabilidade, acabamento final e até a sensação de longo prazo. Porque, no fim, o que a gente quer é um alisador que resolva — e não que vire mais uma frustração na gaveta.

Conteúdos

Visual discreto ou presença marcante?

Remington vs GHD diferenças

No quesito aparência e construção, a diferença é gritante, e não só pela estética. O Remington tem um corpo leve, com linhas suaves e placas mais compridas, o que ajuda bastante quando se quer alisar mechas grandes de uma vez só. Ele passa a sensação de ser feito para o uso caseiro — prático, direto e funcional. O acabamento em plástico fosco com alguns detalhes metálicos não compromete, mas também não encanta.

Agora, quando pegamos o GHD nas mãos, a sensação é completamente diferente. O peso é mais distribuído, o toque é suave e o encaixe das placas parece quase cirúrgico. Ele é menor do que o Remington, é verdade, mas essa diferença de tamanho some quando percebemos o quanto ele é ergonômico. Dá vontade de usá-lo com calma, como se fosse uma ferramenta precisa — e é exatamente isso que ele é.

Calor sob controle ou temperatura pensada pra você?

Essa é uma daquelas escolhas que dividem opiniões. Tem gente que quer liberdade pra escolher o nível de calor, e tem quem prefira que o aparelho decida por você. O Remington entrega controle total. A temperatura pode ser ajustada de forma digital até 230 °C, com uma leitura clara no visor e resposta rápida. É ótimo pra quem tem cabelo mais fino ou quer testar efeitos diferentes em diferentes partes do cabelo.

O GHD vai na contramão — e nem tenta esconder isso. Ele opera fixamente a 185 °C, sem possibilidade de ajuste, e a justificativa da marca é que essa seria a temperatura ideal para alisar sem danificar. E sabe o que é curioso? Funciona. Mesmo em fios mais grossos ou com progressiva antiga, ele dá conta com facilidade. Pode parecer limitador, mas tem algo reconfortante em simplesmente ligar e saber que ele vai fazer o que precisa.

Alisamento rápido ou acabamento meticuloso?

Remington vs GHD comparação

Essa é a parte que mais divide. Tem quem ame brilho, e tem quem prefira estrutura. O Remington entrega um liso com aparência de hidratação profunda, graças ao tratamento Shine Therapy. A sensação de deslizar o aparelho pelos fios e ver o resultado imediato é viciante. O cabelo fica leve, macio, com um brilho que, em alguns casos, parece até artificial — de tão intenso.

Já o GHD entrega outra experiência. Cada passada parece pensada para alinhar os fios até o último detalhe, e ele faz isso sem esforço. Em cabelos mais rebeldes ou ondulados, ele alisa com uma ou duas passadas, mas sem aquela sensação de calor excessivo ou fricção. O resultado é um cabelo polido, com textura firme e visual de escova feita por profissional. É como se ele modelasse cada fio com precisão.

Resistência que passa confiança ou eficiência com prazo de validade?

Se vamos falar de durabilidade, aí a diferença salta aos olhos. O GHD tem fama — merecida — de durar muitos e muitos anos. É comum ouvir histórias de aparelhos que resistem ao tempo, ao uso diário e até a quedas. A construção mais sólida e o sistema térmico estável fazem com que ele continue entregando o mesmo desempenho mesmo depois de muito tempo.

O Remington, por outro lado, funciona bem — mas não transmite a mesma segurança. Os materiais são bons, mas mais simples, e a estrutura parece menos preparada para uso intenso e prolongado. A gente tem a sensação de que ele vai cumprir bem seu papel por um bom tempo, mas talvez não resista a cinco ou dez anos de uso contínuo. É aquela escolha mais imediata, funcional, mas com prazo de validade mais previsível.

Agilidade prática ou simplicidade sofisticada?

Remington vs GHD diferença

Na rotina corrida, o que pesa são os detalhes. E o Remington acerta em vários deles. Aquecimento rápido, visor digital, botão de travamento e cabo giratório que não enrola — tudo ajuda quando você quer alisar o cabelo em dez minutos antes de sair. Ele é leve e fácil de levar na mala, ideal pra viagens ou uso no trabalho. Não chama atenção, mas faz o que promete.

O GHD, por sua vez, é tão minimalista que chega a parecer esnobe. Sem botões visíveis, sem ruídos, sem firulas — ele simplesmente funciona. A luz discreta indica que está pronto e o resto é com você. A ergonomia é um capítulo à parte, com o cabo mais longo e flexível que facilita o uso até nos espaços mais improvisados. Parece pensado para quem já sabe o que está fazendo e não quer perder tempo com ajustes.

O que você vê no espelho muda mesmo?

É aqui que muita gente se surpreende. O resultado final dos dois aparelhos é excelente, mas com perfis bem distintos. O Remington deixa o cabelo com mais brilho, aparência hidratada e um caimento mais solto, quase como se tivesse feito uma nutrição rápida. Em cabelos finos ou secos, essa diferença é ainda mais visível — parece que o produto entrou nos fios.

O GHD entrega um efeito diferente. O cabelo fica liso de um jeito mais firme, mais duradouro, com pontas controladas e estrutura estável. Não há aquele brilho espelhado, mas sim um acabamento mais profissional, com aspecto de escova feita com tempo e técnica. É o tipo de resultado que se mantém ao longo do dia — e, muitas vezes, até no dia seguinte.

Dá pra brincar com o estilo ou é só chapinha mesmo?

Se a ideia é variar o look, o GHD leva vantagem. As bordas arredondadas e o peso equilibrado fazem com que seja fácil criar ondas, curvas e pontas viradas com fluidez. Dá pra brincar bastante sem esforço, mesmo sem muita técnica. Ele se comporta quase como um modelador, sem exigir que a gente mude a pegada.

O Remington também permite variações, mas exige um pouco mais de paciência. As placas são mais largas e retas, o que exige um controle maior nos movimentos. Dá pra fazer ondas, sim, mas o processo é menos intuitivo. Funciona melhor pra quem já tem prática ou não se importa em gastar alguns minutos extras.

Fio saudável ou liso a qualquer custo?

Remington vs GHD comparativo

Aqui, a diferença está na filosofia. O Remington aposta em cuidado ativo, com os micro-condicionadores que prometem tratar os fios durante o uso, reduzindo frizz e ressecamento. E funciona. O cabelo sai mais macio, menos quebradiço, e dá até pra sentir que está mais protegido. Pra quem já tem danos acumulados, essa sensação é um alívio.

O GHD é mais conservador nesse ponto. Não adiciona nada aos fios, mas mantém a temperatura estável e evita o superaquecimento, o que, por si só, já é um grande diferencial. O cabelo não quebra, não fica elástico e mantém o brilho natural. É uma proteção mais passiva, baseada no controle térmico absoluto — e que, a longo prazo, faz muita diferença.

Então… qual vale mais a pena?

Chegar a uma conclusão não foi tão direto quanto imaginávamos. A primeira impressão era de que o Remington ia entregar menos, mas ele surpreendeu. Pelo preço que custa, ele entrega brilho, praticidade e alisamento rápido — tudo com um toque de tratamento extra. É uma ótima escolha pra quem quer eficiência no dia a dia sem comprometer o visual.

Mas aí vem o GHD. E ele simplesmente não erra. A experiência de uso é silenciosa, fluida, sem surpresas — o que você espera, ele entrega. Não impressiona com recursos, mas com consistência. E isso, quando falamos de cabelo, muda tudo. Saber que cada uso vai dar certo, sem sustos, é um luxo.

A gente queria muito dizer que o mais barato ganha. Mas a verdade é que o GHD continua sendo o alisador que mais impressiona quando você junta tudo: desempenho, durabilidade, versatilidade e resultado final. Pode ser caro, sim. Mas quando o cabelo exige precisão e constância, é ele que a gente quer ter na gaveta. Mesmo que às vezes a gente não admita.