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Beats Solo 4 vs Beats Studio Pro: qual fone da Beats entrega mais pelo que oferece?

comparativo

Beats Solo 4

diferenças

Beats Studio Pro

vs

Beleza por fora, mas e por dentro? Essa é a pergunta inevitável quando a gente fala de fones da Beats. O visual sempre chama atenção — não tem como negar — mas quando a gente começa a usar no dia a dia, percebe que a experiência vai muito além da estética. E é exatamente isso que separa o Beats Solo 4 do Beats Studio Pro: duas propostas diferentes, dois tipos de construção e dois públicos bem distintos.

De um lado, temos um fone leve, compacto e com uma bateria absurda. Do outro, um modelo mais robusto, com cancelamento de ruído, som mais refinado e mais possibilidades de uso. A dúvida é: qual deles vale mais pelo que entrega? E a resposta não vem só da ficha técnica — vem do uso real, das limitações de cada um e das situações em que cada modelo se encaixa melhor.

Vamos comparar com calma, peça por peça, porque aqui o diabo está nos detalhes.

Conteúdos

Estilo tem preço — e esse preço pode ser o seu ouvido

Beats Solo 4 vs Studio Pro diferenças

Os dois são bonitos, modernos e cheios de atitude. O Solo 4 é o clássico fone on-ear: ele fica em cima da orelha, não ao redor. Isso deixa o visual mais limpo e facilita a vida de quem vive com ele pendurado no pescoço. Mas… pressão direta sobre a orelha cansa, incomoda, e pra quem usa óculos pode virar um martírio em menos de uma hora.

O Studio Pro é over-ear, o que teoricamente melhora o conforto, já que envolve toda a orelha. Só que aí vem a frustração: as conchas são pequenas. Em orelhas médias ou grandes, elas encostam, pressionam, esquentam. E isso faz a promessa de conforto prolongado virar uma meia-verdade.

Ambos têm construção reforçada com peças metálicas, e são dobráveis. O Solo 4 ganha em leveza e praticidade, mas nenhum dos dois resiste a suor ou chuva — então, academia ou rua em dias úmidos? Melhor pensar duas vezes.

Controle ou simplicidade: qual caminho é mais funcional?

O Solo 4 aposta no básico: um botão central e um anel de volume. Simples, direto, mas com funções limitadas. Não tem como mudar perfis de som, nem acessar modos diferentes — é tudo no básico mesmo.

O Studio Pro oferece mais botões e mais possibilidades. Dá pra controlar volume, faixas, modos de ruído, tudo de forma separada. Só que aí vem o ponto chato: os botões têm um clique seco e audível que incomoda em ambientes silenciosos. Aquele barulhinho de “tec” quando você só queria aumentar o volume de forma discreta…

Nenhum dos dois depende de aplicativo pra funcionar, o que pode ser bom ou ruim — depende do quanto você gosta de personalizar as coisas.

Apple sabe mimar, mas esqueceu do Android

A integração com o ecossistema Apple funciona bem nos dois. Emparelhamento rápido, troca automática entre dispositivos e até localização via app Buscar — tudo redondinho. Se você está no iPhone, é só ligar e usar.

Agora, se você está no Android… é tudo mais limitado. Até existe um app da Beats, mas ele só serve pra atualizar o firmware — nada de equalização, personalização ou perfis. Você fica com o que o fone entrega de fábrica, e pronto.

Isso afeta mais quem escolhe o Studio Pro, que tem modos de som diferentes — mas que só podem ser trocados via botão físico ou usando um cabo.

Bluetooth 5.3 com bônus de versatilidade

Beats Solo 4 vs Studio Pro comparação

Aqui os dois estão em pé de igualdade — ou quase. Ambos trazem Bluetooth 5.3 com suporte a AAC e SBC, o que já garante uma conexão estável e qualidade decente em qualquer celular.

Os dois também têm entrada P2 (3,5mm), o que é ótimo pra quem ainda usa fio ou quer reduzir latência.

Mas aí o Studio Pro dá um passo a mais: ele tem uma entrada USB-C com DAC embutido. Isso significa que você pode conectar diretamente ao computador, tablet ou celular e ter uma qualidade de som superior, com áudio digital. E isso faz diferença, principalmente pra quem curte um som mais detalhado.

O Solo 4, aqui, parece mais preso no tempo.

Bateria: maratona de um lado, resistência digna do outro

Esse é o momento em que o Solo 4 grita: “eu sou o rei da bateria!” E com razão. São até 84 horas de uso com uma carga só. Sim, você leu certo. Oito. Quatro. Horas. É quase surreal.

Já o Studio Pro entrega cerca de 31 horas com cancelamento de ruído ligado — e um pouco mais se desligar. Não é ruim, mas depois de ver o número do Solo 4, parece pouco.

Ambos carregam rápido: 10 minutos na tomada geram até 5 horas no Solo 4, e umas 4 horas no Studio Pro. O que, na prática, significa que se você esquecer de carregar, dá pra salvar a pátria com uma carga relâmpago.

ANC: um tem, o outro finge que não sente falta

Beats Solo 4 vs Studio Pro diferença

O Studio Pro tem cancelamento ativo de ruído (ANC) e modo ambiente. E quando o encaixe é bom, o sistema funciona bem — atenua entre 50% e 90% dos ruídos, dependendo do tipo de som e ambiente. Mas se o ajuste for ruim — o que acontece com frequência por causa das conchas pequenas — o isolamento vai pro espaço.

O Solo 4 não tem ANC. E como é on-ear, também não isola quase nada passivamente. Em qualquer lugar com barulho, você vai ouvir tudo. Metrô, ônibus, rua movimentada… boa sorte.

O silêncio só vem no Studio Pro — com ressalvas.

Som: Beats tentando equilibrar a balança

A Beats sempre foi conhecida por socar grave onde dava. E nos dois modelos, essa identidade ainda existe — mas de jeitos diferentes.

O Studio Pro entrega graves encorpados, agudos levemente realçados e médios até equilibrados. Não é um som de estúdio, nem audiófilo, mas é divertido, envolvente, gostoso pra ouvir pop, rap, eletrônico.

Com conexão USB-C, você ainda pode escolher entre três perfis de equalização: assinatura padrão, reforço de vocais e reforço de graves. Isso ajuda a adaptar o som pra diferentes estilos.

O Solo 4 decepciona. Os graves são tímidos, os médios apagados, e a experiência fica meio… genérica. Falta peso, falta presença. É como se a Beats tivesse esquecido a alma dela nesse modelo.

Nenhum dos dois é ultra refinado, mas o Studio Pro entrega mais corpo, mais impacto e mais personalidade.

Microfone: suficiente, mas só isso

Pra chamadas, os dois servem — mas não encantam. O Studio Pro sofre mais com ruído de fundo, especialmente em ambientes externos. O som da sua voz sai abafado e com cortes ocasionais.

O Solo 4 vai um pouco melhor em rejeitar barulho externo, mas ainda assim não é o tipo de microfone que você vai querer usar em reuniões de trabalho ou gravações.

É um “quebra o galho” dos dois lados.

Portabilidade: tamanho pesa — literalmente

Beats Solo 4 vs Studio Pro comparativo

O Solo 4 é compacto, dobrável, leve. Cabe em qualquer mochila, bolsa ou até no bolso do casaco. E como tem autonomia pra vários dias, você não precisa nem levar o cabo.

O Studio Pro também dobra, mas ainda é grande e mais pesado. Dá pra levar por aí, mas não é prático em deslocamentos rápidos ou em movimento. E como o encaixe precisa de ajustes constantes, não é o tipo de fone que você coloca e esquece.

Se o foco é mobilidade, o Solo 4 ganha fácil.

Qual é o seu perfil?

O Solo 4 serve bem quem busca um fone leve, com bateria quase infinita e integração com Apple. É prático, estiloso e funciona bem pra ouvir música em ambientes silenciosos. Mas não é confortável, não isola, e o som deixa a desejar.

O Studio Pro, mesmo com seus problemas de encaixe, entrega um pacote mais completo. Tem som melhor, cancelamento de ruído, mais opções de conectividade, modos de som, entrada digital via USB-C. É mais versátil, mais potente — e mais próximo da proposta “premium” que a Beats tenta vender.

No fim das contas…

A gente queria gostar mais do Solo 4. A bateria é incrível, o tamanho é perfeito pra quem tá sempre na correria. Mas a experiência sonora decepciona, e o desconforto, depois de uma hora, não dá pra ignorar.

O Studio Pro, mesmo com seus defeitos — e ele tem vários — entrega mais no geral. Se você procura um fone que sirva pra viajar, focar, curtir música com mais profundidade e lidar com ambientes barulhentos, ele vale mais o investimento.

Não é perfeito. Mas é o fone que mais entrega, dentro do universo Beats. E hoje, entre os dois, é o único que consegue equilibrar estilo com conteúdo.