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Logitech G29 vs Thrustmaster T300 RS GT: qual volante entrega a melhor experiência de simulação?

comparativo

Logitech G29

diferenças

Thrustmaster T300 RS GT

vs

A gente precisa falar disso de uma vez por todas: não dá mais pra aceitar meia experiência quando o assunto é simulação de corrida. Quem já passou horas tentando acertar uma curva em Spa-Francorchamps sabe exatamente o que isso significa. E, olha, depois de quebrar a cabeça com diferentes configurações, ajustes e incontáveis voltas em Nürburgring, percebemos que não se trata só de dirigir — é sobre sentir o carro na pele, no braço, no pé.

Foi aí que entraram na nossa mira dois modelos que vivem pipocando em fóruns e setups de quem leva o simulador a sério: o Logitech G29 e o Thrustmaster T300 RS GT. Eles são veteranos nessa disputa, cada um com seu estilo, suas escolhas técnicas e aquele tipo de detalhe que só percebe quem já perdeu uma corrida por meio segundo. A diferença não está só na ficha técnica — está no toque, no retorno do volante, no silêncio (ou barulho) do motor rodando.

Vamos destrinchar ponto a ponto o que esses dois volantes oferecem — porque, se você está pensando em dar o próximo passo no seu cockpit, essa comparação pode mudar tudo.

Conteúdos

Design e acabamento: couro elegante ou textura de corrida?

Logitech G29 vs Thrustmaster T300 RS GT diferenças

Antes mesmo de ligar qualquer coisa, o visual dos dois já entrega o tom da proposta. O Logitech G29 vem com um acabamento em couro costurado à mão, com detalhes metálicos nos botões e no centro do aro. Ele é ligeiramente menor, com 27 cm de diâmetro, o que passa uma sensação de volante mais esportivo, compacto e… digamos, “limpinho”. Não é difícil imaginar alguém usando luvas com ele — mas também é confortável o suficiente pra usar descalço, num domingo qualquer.

Enquanto isso, o Thrustmaster T300 RS GT aposta numa vibe mais crua. O volante tem 28 cm de diâmetro e uma superfície revestida em borracha texturizada, o que entrega uma pegada mais direta, quase agressiva. Não é exatamente macio, mas é firme — e isso, pra muita gente, é o que conta.

Agora, aqui vai um diferencial que pode virar o jogo pra quem curte personalizar: o T300 RS GT tem volante removível. Isso significa que você pode trocar o aro original por versões F1, rally, Alcantara… o que quiser, desde que seja compatível com a base. É como ter um guarda-roupa de volantes.

Feedback de força: realismo ou intensidade?

Essa parte é o coração da experiência. Não adianta o volante parecer bonito se, na hora que você passa por cima de uma zebra, ele não conversa com você. E aqui, a diferença entre os dois é como comparar um carro com direção elétrica e um com direção hidráulica antiga — ambos funcionam, mas a sensação é outra.

O T300 RS GT tem uma carta bem forte aqui: um motor brushless, ou seja, sem escovas, o que significa que o retorno de força é mais limpo, mais progressivo e bem menos ruidoso. As transições são suaves, as vibrações têm nuance, e você sente o peso do carro mudando conforme o terreno exige. É quase como se o carro estivesse ali, do outro lado da tela.

O G29 tenta acompanhar com seu sistema de dois motores internos acoplados por engrenagens, mas o mecanismo acaba entregando uma resposta um pouco mais “quebrada”. Você sente os trancos, sente os impulsos, mas às vezes parece que está lutando contra a máquina — e não contra o carro. Funciona? Funciona. Mas não tem a fluidez do motor brushless do concorrente.

Outro detalhe que não dá pra ignorar: o G29 oferece rotação de até 900 graus, o que já é excelente. Mas o T300 RS GT vai além, chegando aos 1080 graus, o que deixa a direção mais ampla e natural — especialmente em simulações de caminhões, carros de rali ou qualquer veículo que exija mais de uma volta completa de volante.

Pedaleiras: sensibilidade, ajuste e aquele clique preciso

Logitech G29 vs Thrustmaster T300 RS GT comparação

Vamos ser honestos: não tem nada mais frustrante do que perder a traseira do carro por causa de um pedal que responde tarde ou mal. E se tem um ponto em que a gente sente a diferença no pé, é aqui.

O conjunto de pedais do T300 RS GT já começa forte com o T3PA, um trio que traz resistência ajustável, pedais em metal e possibilidade de configurar altura e espaçamento. Isso permite que você adapte a pedaleira ao seu jeito — seja você do tipo que freia com o pé esquerdo ou que gosta de usar o calcanhar pra dar aquela reduzida estilo heel-and-toe. E, sim, os sensores têm mais resolução, então a sensibilidade é notável — especialmente nas freadas milimétricas.

Já o G29 conta com uma pedaleira mais simples, mas longe de básica. O grande destaque é o pedal de freio, que simula resistência progressiva, criando aquela sensação de que você está mesmo esmagando um cilindro hidráulico. É uma solução inteligente, e funciona muito bem em jogos de asfalto, como GT7 ou F1 23. Porém, a limitação fica na falta de ajustes: você não consegue mudar a posição dos pedais nem configurar a resistência de forma personalizada. E isso, pra quem gosta de experimentar diferentes estilos de direção, pesa.

Compatibilidade e conectividade: quem joga com quem?

A compatibilidade pode parecer um detalhe, mas, na hora de investir num setup mais caro, não dá pra ignorar. Imagine gastar uma grana e descobrir que seu volante não funciona no console que você acabou de comprar.

O Logitech G29 é compatível com PS4, PS5 e PC, e, pra quem usa Xbox, há uma versão específica chamada G920, com o mesmo hardware, mas adaptado ao ecossistema da Microsoft. Isso dá uma certa liberdade pra quem está em transição ou quer manter o mesmo volante em plataformas diferentes. É o tipo de tranquilidade que pesa na decisão.

Por outro lado, o Thrustmaster T300 RS GT tem foco no mundo PlayStation. Funciona perfeitamente com PS4, PS5 e PC, mas não conversa com Xbox. Simples assim. Se você pretende alternar entre PlayStation e Xbox, ele sai da jogada — e não tem como contornar isso.

Ambos são plenamente compatíveis com os simuladores de PC mais exigentes — como Assetto Corsa, iRacing e Project CARS — e contam com suporte completo para ajustes finos e calibragens avançadas.

Nível de ruído: aquele detalhe que aparece de madrugada

Você já tentou correr às três da manhã, com todo mundo dormindo, e percebeu que seu volante soa como uma betoneira miniatura? Pois é.

Nesse ponto, o motor brushless do T300 RS GT leva vantagem por ser extremamente silencioso. Mesmo durante manobras rápidas, curvas intensas ou freadas bruscas, o movimento do volante é quase mudo. Não tem aquele rangido metálico, nem o “tec-tec” de engrenagens tentando se entender.

O G29, por sua vez, faz um pouco mais de barulho, sim. O som do sistema de engrenagens acaba se destacando quando o uso é mais intenso. Não chega a ser insuportável, mas é perceptível — principalmente se o ambiente estiver em silêncio total. Pode parecer bobagem, mas depois de algumas horas seguidas, isso cansa.

Expansibilidade: vai crescer ou vai ficar assim?

Logitech G29 vs Thrustmaster T300 RS GT diferença

Tem gente que compra o volante pensando só em jogar. Mas tem quem esteja planejando, aos poucos, montar um cockpit completo, com câmbio em H, freio de mão hidráulico, banco concha e o diabo a quatro. E aí, o volante precisa acompanhar.

O T300 RS GT é quase como um ecossistema. Ele aceita outros volantes da Thrustmaster, pedaleiras premium como a T-LCM, alavancas de câmbio TH8A, freios de mão analógicos e uma porção de acessórios dedicados. Isso transforma seu setup numa coisa viva, em evolução constante. E, se você quiser investir aos poucos, ele vai te acompanhar.

O G29 tem limitações aqui. Ele funciona com a alavanca Driving Force Shifter, que é simples e direta, mas não tem o mesmo nível de personalização nem de construção dos acessórios da Thrustmaster. E o volante em si não é intercambiável — o que está ali é o que vai ficar. Se você curte a ideia de expandir seu cockpit, esse é um fator decisivo.

Conclusão: quando o cockpit exige mais, o T300 responde

Chega um ponto em que a gente precisa ser direto. O Thrustmaster T300 RS GT é simplesmente mais refinado naquilo que importa: sensação, resposta e possibilidade de crescimento. A combinação do motor brushless, da rotação mais ampla, da pedaleira ajustável e do silêncio operacional coloca ele num nível acima.

Isso não quer dizer que o G29 seja ruim — ele ainda é uma excelente opção pra quem busca compatibilidade ampla, um design mais elegante e um volante confiável, pronto pra sair jogando. Mas quando a exigência sobe, as limitações do sistema de engrenagens, da falta de modularidade e do ruído começam a incomodar.

É como dirigir um hatch bem acertado e, de repente, experimentar um carro com tração traseira, suspensão ativa e mais torque nas mãos. Você até tenta voltar, mas alguma coisa parece faltar.

Se você está só começando e quer algo que funcione direto da caixa, o G29 pode ser o caminho. Mas se a ideia é mergulhar de verdade no mundo da simulação, sentindo cada zebra, cada transferência de peso e cada ajuste de pedal, o T300 RS GT te oferece isso — e mais.

No fim das contas, o volante é só o começo. E entre esses dois, só um deles parece pronto pra te levar até o fim da pista.