Tem gente que acha que alto-falante Bluetooth é tudo igual, mas basta ouvir alguns segundos desses dois modelos aqui pra perceber que estamos lidando com outra categoria de som portátil. O JBL Xtreme 4 e o Sony ULT FIELD 7 representam o topo da linha em 2024 quando o assunto é caixa de som potente, com conectividade moderna, construção resistente e recursos que não param só no volume.
Só que, mesmo jogando na mesma categoria, eles seguem caminhos bem diferentes. O JBL mira no equilíbrio e na mobilidade sem abrir mão de desempenho. Já o Sony vem com uma abordagem mais pesada, literal e sonoramente, apostando em força bruta e presença de palco. Então a pergunta inevitável é: qual deles entrega mais — e melhor?
Vamos destrinchar tudo, do som à autonomia, passando por design, tecnologia, transporte e, claro, a experiência real de uso. E já adianto: essa escolha não é tão óbvia quanto parece.
Filosofia sonora: o Sony aposta no impacto, o JBL na precisão
De cara, a gente percebe que os dois modelos não estão tentando fazer a mesma coisa. O Sony ULT FIELD 7 é puro ataque — com woofers de 4,49 polegadas, tweeters de 1,81 e a tecnologia X-Balanced que permite cones maiores e mais estáveis, o som dele é musculoso, com graves que fazem o ar vibrar, especialmente em volumes altos. O palco sonoro é largo, envolvente, quase de festa.
O JBL Xtreme 4 tem outro estilo. Ele é menor, mas esperto. Com radiadores passivos e o AI Sound Boost, que ajusta o som dinamicamente de acordo com o tipo de conteúdo e o ambiente, ele entrega um áudio mais balanceado, mais limpo, especialmente quando a gente presta atenção em vocais e instrumentos médios.
Se a prioridade for batida forte, grave vibrante e volume de balada, o Sony leva a vantagem. Mas se você gosta de ouvir cada detalhe, sem distorção, mesmo em volumes mais contidos, o JBL agrada mais.
Volume e potência: nem tudo é número, mas ajuda
Comparar os números aqui é só parte da história. O JBL Xtreme 4 chega com 60W RMS quando está na tomada, e 40W quando está só na bateria. Já o Sony ULT FIELD 7 entrega 45W totais, mas compensa com drivers fisicamente maiores e um corpo que movimenta mais ar.
E aí entra o contexto: numa área aberta, com gente conversando, churrasqueira ligada, som de vento… o Sony se impõe mais. Ele preenche melhor o espaço. Não é só questão de potência bruta, mas de presença sonora.
Dentro de casa, os dois mandam bem. Mas ao ar livre, o Sony fala mais alto — literalmente.
Design, peso e portabilidade: aqui o JBL não tem concorrente
A diferença mais gritante entre os dois não está nem no som — está no peso. O Sony ULT FIELD 7 passa de 6 kg (quase 14 libras), com alças laterais que denunciam o que ele é: um party speaker, e não uma caixa pra jogar na mochila.
O JBL Xtreme 4 pesa só 2,1 kg. Vem com alça de ombro e corpo mais estreito, que cabe numa mochila grande ou até numa mala de mão. Isso muda completamente o jogo pra quem pretende levar a caixa pra praia, camping, trilha ou só pra casa de um amigo.
Ambos têm proteção IP67 contra água e poeira, então você não precisa se preocupar com areia, respingos ou até uma queda rápida na piscina. Mas só o JBL combina resistência com mobilidade de verdade.
Inteligência sonora e conectividade: cada um com seus truques
Se tem um ponto em que os dois modelos brilham, é na parte de recursos inteligentes. O JBL Xtreme 4 vem com Bluetooth 5.3 e suporte ao Auracast, um novo padrão que permite conectar várias caixas sem precisar de app ou complicação. É uma novidade importante — e pouca gente ainda oferece isso.
Além disso, o AI Sound Boost ajusta o áudio em tempo real, melhorando automaticamente os graves ou os médios conforme o que está tocando. Isso ajuda bastante em playlists mais variadas.
O Sony ULT FIELD 7 responde com o codec LDAC para áudio de alta resolução via Bluetooth, suporte ao Party Connect (pra sincronizar com várias outras caixas da marca), iluminação sincronizada com a batida da música e a tal da Sound Field Optimization, que tenta adaptar o som ao ambiente.
Se o foco for qualidade de áudio wireless e compatibilidade com arquivos de alta definição, o Sony leva a melhor. Mas em termos de praticidade, o JBL é mais ágil, direto ao ponto, e está um passo à frente com o Auracast.
Duração da bateria: resistência nos dois lados
Se você busca autonomia, nenhum dos dois vai te deixar na mão. O Sony promete até 30 horas de reprodução, e essa duração aumenta se você desligar os LEDs. O JBL vai até 24 horas, com um bônus: o modo Playtime Boost, que corta o volume máximo e estica a autonomia por mais 6 horas.
Na prática, ambos passam do dia inteiro de uso tranquilo, e os tempos de recarga são parecidos — cerca de 4 horas pra carga total. Mas o JBL ainda funciona como power bank, com porta USB pra carregar celular ou fone. É um detalhe pequeno, mas que salva em viagem ou acampamento.
Entradas e usabilidade: o Sony vai além
Se você quer mais do que um alto-falante Bluetooth, o Sony ULT FIELD 7 oferece entrada pra microfone ou guitarra, além de USB-A e entrada auxiliar. Dá pra usar em ensaio, karaokê ou até numa apresentação improvisada.
O JBL foca no essencial. Tem apenas a USB-A pra carregar dispositivos, e nada mais. Tudo nele gira em torno da portabilidade e do uso direto com o celular.
Se você precisa de uma caixa versátil pra festas, eventos ou até como equipamento auxiliar, o Sony entrega mais funções. Mas se o foco é ouvir música com facilidade e sem fios, o JBL dá conta.
Luzes e ambientação: festa é com a Sony
Essa é simples. O JBL não tem luzes. Zero. O visual é discreto, clássico, sem frescura.
Já o Sony vem com LED pulsante e colorido, sincronizado com a música, e ainda dá pra personalizar tudo pelo app. À noite, isso transforma completamente o ambiente. Se você curte festa com visual, ou simplesmente quer algo que impressione visualmente, o ULT FIELD 7 ganha pontos aqui.
Apps, controles e experiência de uso: ambos são confiáveis
Tanto o JBL quanto o Sony têm apps bem construídos. Dá pra ajustar o som, atualizar o firmware, configurar emparelhamentos e controlar funções específicas — como os LEDs ou o modo de som.
Os botões físicos nos dois modelos são fáceis de usar, bem posicionados e respondem rápido. Nada de delay ou confusão. Isso pode parecer detalhe, mas faz diferença quando você está com a mão molhada ou quer mudar de música sem olhar pro celular.
No fim das contas: pra quem é cada um?
Se você quer potência máxima, efeitos visuais, presença de palco e mais entradas, o Sony ULT FIELD 7 é o bicho. É uma caixa que enche qualquer espaço e ainda se comporta como um mini sistema de som. Mas… você vai precisar de braço — e espaço — pra carregá-lo por aí.
Se você prefere um alto-falante leve, moderno, com ótima bateria, som equilibrado e recursos de conectividade mais avançados, o JBL Xtreme 4 é imbatível. É a definição de som premium portátil. E essa palavra, “portátil”, aqui tem peso real.
O Sony é festa. O JBL é trilha. O Sony é palco. O JBL é mochila.
A escolha vai depender do seu estilo de vida — e de quanto você está disposto a carregar junto.