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JBL Charge 5 vs Marshall Emberton II: qual altifalante portátil entrega mais do que promete?

comparativo

JBL Charge 5

diferenças

Marshall Emberton II

vs

A cena é sempre a mesma: você está prestes a investir num bom altifalante portátil e se depara com dois nomes de peso. De um lado, o JBL Charge 5, conhecido pela sua potência sonora e pegada prática. Do outro, o Marshall Emberton II, que parece saído de um estúdio de rock dos anos 70, mas com bateria que dura mais que muita conversa. Ambos prometem resistência, qualidade e performance — mas qual deles cumpre mais? E, principalmente, qual vale mais o seu dinheiro?

A gente testou, comparou e destrinchou ponto por ponto. E te adianto: a escolha não é tão óbvia quanto parece. Vai depender do seu perfil, do tipo de uso e até de onde você vai deixar esse altifalante tocar.

Conteúdos

Estilo e tamanho: visual retrô ou presença outdoor?

JBL Charge 5 vs Marshall Emberton II diferenças

É impossível não começar pelo design — afinal, ele diz muito sobre o estilo de cada modelo. O Marshall Emberton II é puro charme retrô, com acabamento texturizado e a icônica grelha frontal inspirada nos amplificadores clássicos da marca. Parece coisa de colecionador. Já o JBL Charge 5 tem um corpo mais largo, cilíndrico, com visual moderno e pegada mais esportiva, sem medo de cair na lama ou pegar areia de praia.

O Emberton II é mais compacto (16 x 6,8 x 7,6 cm) e leve (700 g), enquanto o Charge 5 ocupa mais espaço (22,3 x 9,65 x 9,4 cm) e pesa 960 g. Isso se reflete diretamente na portabilidade. Se você pensa em carregar o altifalante na mochila ou usar em ambientes pequenos, o Marshall ganha pontos. Mas se a ideia é deixar o som preencher um quintal inteiro, o JBL tem presença física — e sonora — muito mais marcante.

Ambos têm certificação IP67, então não precisa ter medo de respingos, pó ou até um banho de chuva. Dá pra levar os dois pra praia, pra trilha ou pra beira da piscina sem frescura.

Som: potência bruta ou equilíbrio espacial?

Esse é o ponto em que a balança começa a pender com mais força. O JBL Charge 5 entrega 40 W de potência total — 30 W no woofer e 10 W no tweeter. É muita força pra um altifalante portátil. O som é impactante, com graves encorpados, agudos limpos e uma separação clara de frequências. Dá pra aumentar o volume sem distorcer, mesmo em áreas abertas e com ruído ambiente.

Já o Marshall Emberton II trabalha com 20 W, distribuídos em dois drivers de 10 W, e foca num som mais equilibrado e menos agressivo. O que ele entrega de diferente? Uma emissão 360°, que espalha o som de forma uniforme por todo o ambiente. É como se você estivesse no centro da música, não importa onde estiver posicionado.

Só que, se o volume alto for prioridade, não tem jeito: o JBL Charge 5 domina. Ele enche o espaço, vibra a mesa, e se impõe com facilidade. O Marshall é excelente em ambientes menores ou quando você busca uma experiência mais imersiva e menos “festa”.

Bateria: 30 horas ou 20 horas — o que pesa mais?

JBL Charge 5 vs Marshall Emberton II comparação

Essa é outra diferença que salta aos olhos. O Marshall Emberton II oferece mais de 30 horas de reprodução, contra as 20 horas do JBL Charge 5. Se você é do tipo que esquece de carregar os dispositivos ou usa o altifalante como trilha sonora do dia inteiro, essa autonomia extra pode ser decisiva.

E não para por aí: com 20 minutos de carregamento rápido, o Emberton II já entrega até 4 horas de uso. É prático, rápido e eficaz. Já o JBL leva cerca de 4 horas para carregar completamente — sem modo turbo — o que é bem mais lento considerando sua autonomia menor.

Mas aí vem a cartada final do Charge 5: ele também funciona como power bank. Dá pra conectar o telemóvel via USB e carregar a bateria diretamente a partir do altifalante. É uma mão na roda em viagens, trilhas ou quando você está longe de tomadas. E esse detalhe, por menor que pareça, pode salvar o dia.

Emparelhamento: JBL abre mais possibilidades

Ambos usam Bluetooth 5.1, garantindo conexão estável, rápida e com bom alcance — cerca de 10 metros sem obstáculos. Mas as estratégias de emparelhamento são diferentes.

O JBL Charge 5 usa o sistema PartyBoost, que permite parear com outros altifalantes JBL compatíveis — mesmo que sejam de modelos diferentes. Isso dá liberdade para montar uma rede sonora com várias caixas, ampliando o som de forma prática.

O Marshall Emberton II usa o Stack Mode, que também permite parear várias unidades, mas só com outros Emberton II. Isso limita a compatibilidade e restringe as possibilidades de expansão a quem já está preso ao ecossistema da marca.

Nos dois casos, existe um app complementar — JBL Portable e Marshall Bluetooth — com controle de emparelhamento e atualização de firmware. Mas o nível de personalização sonora ainda é básico nos dois. Equalização? Quase nula. E isso é uma pena.

Recursos extras: o que cada um traz além da música?

JBL Charge 5 vs Marshall Emberton II diferença

Nenhum dos dois modelos tem microfone embutido, ou seja, nada de usar pra chamadas ou interagir com assistente de voz. O foco aqui é puramente musical. E isso não é ruim — pelo contrário, deixa o dispositivo mais direto e menos carregado de recursos que ninguém usa.

Mas o JBL Charge 5 oferece um extra valioso: a função power bank, que já mencionamos antes. Isso amplia a utilidade do aparelho e torna ele quase indispensável em contextos onde a bateria do celular pode virar um problema.

Fora isso, os dois modelos apostam no básico: botões físicos bem posicionados, uso simples, pareamento rápido e estrutura sólida. Nada de firulas.

E então, qual dos dois vale mais?

Depois de usar os dois em diferentes cenários — casa, viagem, festa, trilha — a gente chegou à conclusão de que o JBL Charge 5 entrega mais no conjunto geral. Mais potência, mais versatilidade, mais compatibilidade e um recurso extra (power bank) que pode realmente fazer diferença. É um altifalante pensado pra aguentar o tranco de qualquer situação, sem abrir mão da qualidade sonora.

O Marshall Emberton II, por outro lado, é uma escolha de estilo — e de resistência. Autonomia de mais de 30 horas, som equilibrado em 360°, design icônico e corpo compacto fazem dele uma ótima pedida pra quem quer algo discreto, elegante e com cara de peça de coleção. Mas ele não compete em força bruta nem em versatilidade de uso.

Agora, se o seu foco é volume, performance externa e flexibilidade, o JBL não tem concorrência direta nessa faixa. A diferença de potência é real, o impacto é evidente e a função de carregar o celular é só a cereja no topo.

Mas é como escolher entre uma mochila de trilha e uma bolsa de couro clássica. Ambas carregam coisas, mas não são feitas pro mesmo estilo de vida. Escolha o que se encaixa no seu.

Porque no fim das contas, nenhum dos dois decepciona. Mas só um vai tocar exatamente o que você precisa — no volume, no ritmo e no tempo certos.