Pode parecer que estamos comparando pesos-pesados com pesos-leves, mas não é tão simples assim. Quando colocamos lado a lado o JBL Charge 5 e o JBL Flip 6, a diferença física é clara — só que o que conta mesmo é o uso que você pretende fazer. Porque, dependendo da sua rotina, um altifalante menor e leve pode ser mais funcional do que um modelo maior e mais potente. Ou o contrário.
Ambos são modelos bem resolvidos da JBL, com construção resistente, som de qualidade e foco total em música. Mas há detalhes importantes que mudam completamente a experiência de uso dependendo do contexto. E não, isso não tem nada a ver com “qualidade superior” no vácuo. É sobre onde, quando e como você vai usar o aparelho.
Vamos mergulhar nos pontos que mais influenciam no uso real: tamanho, som, bateria, portabilidade e tudo o que separa — ou aproxima — esses dois.
Tamanho e construção: é aqui que tudo começa
Não dá pra ignorar: o JBL Charge 5 é grande e pesado. São 960 gramas e 22 centímetros de comprimento. Ele chama atenção na mochila, ocupa espaço na mala e é mais chato de carregar na mão. Já o Flip 6 pesa só 550 gramas e mede 17,8 cm — cabe até em uma lateral de mochila escolar.
A diferença de 410 gramas parece pouca, mas na prática faz muita diferença. O Flip 6 é aquele companheiro de passeio que você leva sem nem pensar. Já o Charge 5 é o tipo de dispositivo que você precisa querer levar.
Os dois têm acabamento robusto, com tecido resistente e detalhes em borracha. A construção passa segurança nos dois modelos, mas o Flip 6 acaba sendo mais “portável” em qualquer cenário. O Charge 5, por outro lado, parece feito pra ficar parado — num canto da festa, no jardim, na varanda.
E em variedade de cores, o Charge 5 também sai na frente com até nove opções diferentes, enquanto o Flip 6 segue uma linha mais contida, com quatro variações disponíveis.
Qualidade sonora: mais corpo ou mais equilíbrio?
Esse é o ponto que mais impacta quem compra caixa de som portátil. E sim, o Charge 5 ganha em potência — são 40W contra 30W do Flip 6. Mas o que isso significa no dia a dia?
Com o Charge 5, o som é mais cheio, mais encorpado, principalmente nos graves. O volume vai mais longe sem distorcer, e ele preenche ambientes maiores com mais facilidade. Em festas ao ar livre, por exemplo, ele mostra presença.
Mas o Flip 6 não fica pra trás. Apesar de menor, ele entrega uma reprodução bem balanceada, com bom grave e médios claros. E, sinceramente, pra ambientes fechados ou encontros pequenos, ele dá conta do recado com facilidade.
Os dois usam a mesma estrutura: woofer, tweeter e radiadores passivos. Isso garante uma separação boa entre frequências e evita aquele som embolado típico de caixas menores. A diferença na faixa de frequência é mínima: 60 Hz a 20 kHz no Charge 5 contra 63 Hz a 20 kHz no Flip 6. Pouca gente vai notar.
Se a ideia é som potente que preenche espaço, vá de Charge 5. Mas se a portabilidade pesa mais e você não precisa explodir o volume, o Flip 6 agrada — e muito.
Bateria: e aí, quanto tempo você quer de música?
Aqui o Charge 5 dispara. São até 20 horas de bateria teórica, que na prática viram algo entre 15 e 18 horas com uso moderado. Isso significa que dá pra passar o fim de semana inteiro sem plugar na tomada.
Já o Flip 6 oferece até 12 horas de reprodução, que viram mais ou menos 10 horas reais. Nada mal, especialmente considerando o tamanho dele. Mas essa diferença pesa em viagens longas ou em dias com uso intenso.
Agora, se você está com pressa, o Flip 6 pode te salvar. Ele recarrega completamente em 2,5 horas, contra até 4 horas do Charge 5. A diferença de tempo é relevante quando você precisa sair logo ou esqueceu de carregar antes.
E o Charge 5 ainda tem uma carta na manga: função PowerBank. Dá pra usar a bateria dele pra recarregar o celular via USB. Um extra que, em situações de emergência, salva o dia.
Resistência: pode molhar sem medo
Ponto importante pra quem quer levar o som pra praia, piscina ou trilha. Os dois modelos têm certificação IP67, ou seja, são resistentes à água e poeira. Podem ser mergulhados por até 30 minutos em até um metro de profundidade — e continuam funcionando.
Esse padrão de resistência permite que você use tanto o Charge 5 quanto o Flip 6 sem frescura. Caiu areia? Passa um pano. Molhou na chuva? Deixa secar. Entrou na piscina sem querer? Tá tudo certo.
Só que, por ser mais leve, o Flip 6 é mais fácil de manusear e carregar nesses ambientes. O Charge 5, mesmo resistente, é um trambolho pra segurar com uma mão molhada.
Conectividade: padrão JBL, e isso é bom
Aqui é empate. Ambos vêm com Bluetooth 5.1, o que significa conexão rápida, estável e com menor consumo de energia. Emparelhar com o celular é simples e funciona bem mesmo a alguns metros de distância.
Os dois também trazem o recurso PartyBoost, que permite conectar várias caixas compatíveis da JBL pra tocar som sincronizado. Ideal pra festas maiores ou pra espalhar som pela casa.
Ambos funcionam com o app JBL Portable, onde você pode equalizar o som, atualizar o firmware e configurar o emparelhamento. Tudo fácil e direto, sem necessidade de ser expert em áudio.
A única diferença prática é a presença de uma porta USB adicional no Charge 5, usada para o modo PowerBank. O Flip 6 tem só uma porta USB-C para recarga. Nenhum dos dois tem microfone ou suporte para chamadas — o foco é 100% em música.
Funcionalidades extras: foco total no essencial
É isso mesmo. Nem o Flip 6 nem o Charge 5 têm assistente de voz, Wi-Fi ou integração com Alexa ou Google. Eles foram feitos pra tocar música — e fazem isso bem.
Essa simplicidade é um ponto positivo pra muita gente. Nada de botões extras, comandos confusos ou apps desnecessários. Você liga, conecta, toca. Ponto.
Sem microfone, sem chamadas, sem distrações. Só música — do jeito mais direto possível.
Conclusão: potência ou portabilidade?
Tá aí a pergunta que define tudo. Porque o JBL Charge 5 entrega mais potência, mais bateria, mais recursos — como o PowerBank — e um som mais impactante. É a escolha certa pra quem quer usar a caixa em festas, encontros ao ar livre, viagens longas ou mesmo como sistema de som principal em casa.
Já o Flip 6 é aquela escolha certeira pra quem prioriza o tamanho compacto, a leveza e a praticidade. Ele vai na mochila sem pesar, cabe em qualquer cantinho da mala e não exige muito planejamento pra ser levado pra qualquer lugar.
O som do Flip 6 impressiona, principalmente considerando o tamanho. Mas ele não compete em pé de igualdade com o grave poderoso e o volume do Charge 5. E nem deveria. A proposta é outra.
Então, se você quer volume, autonomia e potência, vá de Charge 5. Se o que você procura é praticidade, portabilidade e um som bom sem carregar um tijolo, o Flip 6 faz mais sentido.
A pergunta não é qual é melhor. A pergunta é: o que pesa mais pra você — o som ou o peso?