Chega uma hora em que as pulseiras inteligentes deixam de ser só “bonitinhas” e passam a fazer parte da nossa rotina de verdade. A gente quer mais do que contar passos ou saber a hora — a exigência aumenta. Foi exatamente isso que nos fez colocar frente a frente a Huawei Band 10 e a Xiaomi Smart Band 9 Active. À primeira vista, parece que elas jogam no mesmo time: leves, discretas e com foco em saúde e atividade física. Mas, quando a gente para pra olhar com calma, as diferenças vão se acumulando.
As duas têm suas qualidades, mas a proposta da Huawei Band 10 claramente é ir além do básico. Ela não só entrega mais recursos — entrega de um jeito mais organizado, mais fluido e com um cuidado extra nos detalhes que faz diferença na rotina. A Xiaomi Smart Band 9 Active, por outro lado, é direta, funcional e aposta na autonomia como seu maior trunfo. Vamos passar por tudo isso e ver qual delas realmente vale mais a pena no seu pulso.
Design e construção: pequenas diferenças, grande impacto no uso

A primeira coisa que chama atenção é o corpo da Huawei Band 10: fina, leve e com um visual mais sofisticado, mesmo sendo simples. Com apenas 8,9 mm de espessura e 14,7 g (sem a pulseira), ela praticamente desaparece no pulso depois de alguns minutos de uso. E o encaixe da pulseira ajuda muito nisso: mais firme, mais integrado ao corpo da band, e com uma cara mais “relógio” e menos “gadget”.
A Xiaomi Smart Band 9 Active, com seus 10,6 mm de espessura e 16,4 g, pode parecer parecida, mas a sensação no uso contínuo já muda. Ela fica um pouco mais saliente no pulso, e o encaixe da pulseira é mais simples, com visual mais básico. Nada incômodo, mas se você é daqueles que repara em acabamento, vai notar a diferença.
Tela: AMOLED é outro nível
Aqui, não tem muito o que discutir. A Huawei Band 10 traz uma tela AMOLED de 1,47 polegada com resolução de 194 x 368 pixels, o que garante cores vibrantes, contraste alto e ótima legibilidade mesmo sob luz forte. E sim, faz diferença. Dá prazer de olhar, navegar e até deixar o mostrador mais caprichado.
A Xiaomi Smart Band 9 Active usa um painel TFT LCD, também de 1,47 polegada, mas com resolução menor (172 x 320 pixels). Isso se traduz em cores mais lavadas e menos profundidade de preto, principalmente ao ar livre. Para quem só quer ver notificações, tudo bem. Mas se você passa muito tempo usando a tela, a diferença visual é clara.
Conectividade: versões diferentes do mesmo Bluetooth
As duas pulseiras se conectam ao celular via Bluetooth, mas a Xiaomi tem uma pequena vantagem técnica: usa o Bluetooth 5.3 BLE, mais recente que o 5.0 BLE da Huawei. Isso dá um pouco mais de estabilidade e eficiência energética — mas, na prática, os dois funcionam bem, sem quedas de conexão ou lentidão no pareamento.
Ambas funcionam com seus respectivos apps: Huawei Health no caso da Band 10 e Mi Fitness na Band 9 Active. Os dois aplicativos são fáceis de usar, mostram dados de forma clara e permitem personalizações — então aqui o empate é justo.
Recursos de saúde: a Huawei vai além do básico

No básico, as duas entregam a mesma coisa: monitoramento contínuo da frequência cardíaca, oxigenação no sangue (SpO2), análise de sono e nível de estresse. Isso é o mínimo esperado hoje em dia. Mas a Huawei não para aí.
A Band 10 traz também um painel de bem-estar emocional, com orientações de relaxamento e estímulo ao equilíbrio mental. E, mais interessante ainda: tem o recurso Pulse Wave Arrhythmia Analysis, que pode identificar padrões de arritmia cardíaca. Esse tipo de rastreio mais avançado ainda é raro em smartbands acessíveis.
A Xiaomi, nesse ponto, fica no básico. Ela tem rastreamento de estresse, sim, mas não traz recursos voltados para saúde emocional ou análises mais profundas do ritmo cardíaco. Para quem quer algo além do “batimento e oxigênio”, isso pode pesar na decisão.
Atividades físicas: mais variedade com a Huawei
Aqui não tem muito o que inventar: quanto mais modos de treino, mais possibilidades de personalização. E nesse ponto, a Huawei vence com folga. São 100 modos esportivos na Band 10, cobrindo desde o básico até coisas bem específicas como dança, esportes aquáticos e treino funcional.
A Xiaomi Smart Band 9 Active fica com 50 modos — o suficiente para cobrir o essencial, mas mais limitado. Para quem treina de forma variada ou gosta de experimentar atividades novas, essa diferença é importante. As duas fazem rastreamento automático de caminhada e corrida, então no dia a dia ambas funcionam bem.
Interface e navegação: fluidez e botão físico contam pontos

Navegar nos menus da Huawei Band 10 é mais agradável. A interface tem animações suaves, ícones bem organizados e sensação de fluidez. E isso é reforçado por algo simples, mas útil: ela tem um botão lateral físico, que facilita o acesso ao menu principal e à tela inicial.
A Xiaomi Smart Band 9 Active depende exclusivamente de gestos, o que funciona, mas exige mais toques e repetições. A interface é mais básica, com ícones maiores e menos animação. Funciona, mas não encanta. A diferença pode não parecer enorme no começo, mas com o tempo, a experiência de uso mais polida da Huawei pesa.
Funções inteligentes: a Huawei oferece mais
Ambas mostram notificações, controlam música e têm temporizador, alarme, cronômetro, entre outros básicos. Mas a Huawei Band 10 tem algumas vantagens extras que fazem diferença no uso diário.
Ela permite enviar respostas rápidas a notificações direto do pulso, enquanto a Xiaomi só permite visualizar. Isso faz muita falta quando você está em uma reunião ou no transporte público e não quer tirar o celular do bolso.
Além disso, a Band 10 tem modo lanterna, bloqueio por PIN, configurações de vibração e opção “Não Perturbe” mais completa. Detalhes? Sim. Mas são esses detalhes que tornam o uso mais versátil.
Bateria: a Xiaomi leva com folga
Aqui, a vantagem da Xiaomi é clara: até 18 dias de uso com uma única carga na Smart Band 9 Active, contra cerca de 14 dias na Huawei Band 10. E sim, isso se deve principalmente à tela LCD, que consome menos energia.
Se você prefere ficar mais tempo longe do carregador e aceita abrir mão de um visual mais bonito, essa autonomia extra pode fazer a diferença. Ambas usam carregamento magnético e recarregam rápido, então a praticidade é mantida nas duas.
Resistência à água: as duas são confiáveis

As duas smartbands têm certificação 5 ATM, o que significa que você pode usar na piscina, no banho, na chuva… sem preocupação. Não são indicadas para mergulhos profundos ou esportes com alta pressão, mas para o uso diário, são mais do que suficientes.
Personalização: mais liberdade na Band 10
Tanto a Huawei Band 10 quanto a Xiaomi Smart Band 9 Active permitem trocar os mostradores, baixar estilos variados pelos apps e deixar o visual com a sua cara. Mas a Huawei vai além.
Ela permite adicionar “cartões” na tela inicial, escolhendo exatamente quais dados de saúde ou funções você quer ver de cara. Isso dá mais controle sobre a experiência e deixa tudo mais acessível. Na Xiaomi, você vê o que está no mostrador escolhido, sem essa personalização extra.
Conclusão: Huawei Band 10 é mais completa e polida
Depois de comparar cada ponto, fica difícil não reconhecer que a Huawei Band 10 entrega uma experiência mais rica, moderna e bem pensada. Desde a tela AMOLED até os recursos de saúde mais avançados, passando pela interface fluida, pelo botão físico e pelas funções inteligentes a mais — tudo nela parece mais ajustado para quem quer mais do que o básico.
A Xiaomi Smart Band 9 Active ainda é uma ótima escolha para quem quer simplicidade, boa duração de bateria e as funções essenciais de monitoramento. Mas ela é mais limitada. Funciona bem, mas não surpreende.
Se o que você procura é uma smartband que vá além, que acompanhe sua rotina com mais inteligência e ofereça uma usabilidade mais fluida, a Huawei Band 10 é a que mais entrega. E entrega com estilo.


