Café rápido e com sabor? Sim. Mas a gente quer isso sem fazer sujeira, sem ter que medir nada, sem gastar tempo. Quem já se acostumou com o clique de uma cápsula caindo na cafeteira não consegue mais voltar atrás. Só que aí vem a dúvida: com tantos modelos da Dolce Gusto, qual realmente vale a pena?
A Piccolo XS, a Mini Me e a Genio S disputam a atenção de quem quer praticidade, mas cada uma aposta em um caminho diferente. Enquanto a Piccolo XS é a mais básica e direta, a Genio S entrega uma experiência quase personalizada — e a Mini Me fica no meio do caminho.
A promessa das três é a mesma: café expresso, cremoso, feito na hora. Só que na prática, os detalhes técnicos e o conforto no uso mostram que nem tudo é igual. Vamos entrar nos bastidores dessas cafeteiras para entender qual delas pode — de verdade — virar parte da sua rotina.
Três modelos pequenos, três formas diferentes de usar
Todas as três têm aquele visual compacto e simpático que já virou marca registrada da Dolce Gusto. A Piccolo XS é a mais estreita, com 13,6 cm de largura, e ainda assim parece mais simples que as outras. O controle é todo manual: você coloca a cápsula, puxa a alavanca e precisa ficar de olho para parar na hora certa. Não tem visor, não tem botão digital — é no feeling.
A Mini Me muda isso com um painel de seleção automático. A ideia é simples: você escolhe o nível de água, aperta e pronto, ela para sozinha. Já é uma evolução. E a Genio S vai além, com uma interface ainda mais moderna, botões touch, e uma estética mais refinada.
Todas têm bandeja ajustável para diferentes tamanhos de copo e um sistema que evita gotejamento depois do preparo. Mas no uso prático, a diferença de controle entre a Genio S e a Piccolo XS é gritante.
A pressão é igual, mas a experiência não
Todas as três cafeteiras trabalham com 15 bares de pressão, o suficiente para extrair aquele espresso com creme espesso, sem mistério. O sistema Thermoblock também está presente nas três, o que significa que a água esquenta rápido e o café sai em segundos.
Mas aí vem o que separa o básico do avançado: só a Genio S permite ajustar a temperatura da bebida. Isso é uma vantagem real para quem gosta de um café menos quente ou prepara bebidas com leite — porque não é todo mundo que curte aquele líquido quase fervendo.
Na Piccolo XS e na Mini Me, o controle térmico se limita a quente ou frio. Funciona, mas é como dirigir um carro com câmbio manual e sem ar-condicionado — cumpre a função, mas a experiência não é tão confortável assim.
Outro detalhe que pesa: a Genio S também tem modo automático e função de memória, ou seja, você configura uma vez e ela repete do jeito que você gosta. Nas outras duas, você vai precisar ajustar toda vez.
Reservatório de água: pequeno para todas, prático para quem toma pouco
Não importa o modelo: o reservatório tem 0,8 litros de capacidade. Isso dá pra umas quatro ou cinco bebidas maiores, ou cerca de sete expressos. Se você toma muito café ou divide a cafeteira com mais gente, vai precisar reabastecer com frequência.
Mas como a ideia dessas máquinas é mesmo o uso pessoal ou em pequenos ambientes, isso não chega a ser um problema. E pelo menos, todas contam com alerta de descalcificação, o que facilita a manutenção e evita que o gosto do café seja alterado por acúmulo de resíduos internos.
O processo de limpeza é simples: pressionou o botão por alguns segundos e a máquina entra no modo de limpeza automática. Ponto positivo para todas — ninguém aqui vai deixar você entupido de cal.
A Genio S começa a disparar nas funções extras
Se até aqui as diferenças ainda parecem pequenas, agora a Genio S mostra por que custa mais. Ela é a única com a função Espresso Boost. O que isso significa na prática? Ela pré-umedece a cápsula antes de iniciar o preparo, o que intensifica o sabor do café. O resultado é um espresso mais encorpado, mais perfumado, com aquele amargor gostoso que os puristas adoram.
E tem mais: a Genio S permite o preparo de bebidas no tamanho XL, com até 300 ml. Isso muda tudo para quem gosta de chás longos, cappuccinos generosos ou mesmo um café americano mais leve. Na Piccolo XS e na Mini Me, você pode até tentar, mas vai ter que “enganar” o sistema manualmente, e o resultado nem sempre sai como esperado.
A função de desligamento automático está presente nas três, então nenhuma delas vai ficar ligada à toa consumindo energia. Mas, no fim das contas, só a Genio S oferece recursos pensados para quem gosta de ajustar a bebida ao gosto pessoal — e isso faz diferença.
Peso, medidas e uso cotidiano: qual se encaixa melhor na sua rotina?
A Genio S é a mais leve e a mais estreita entre todas. Parece contraditório, mas é exatamente isso: apesar de ser a mais tecnológica, ela pesa só 2 kg e tem pouco mais de 11 cm de largura. Dá pra colocar na bancada da cozinha, no aparador do quarto ou até naquela prateleira apertada do escritório.
A Piccolo XS pesa o mesmo, mas é um pouco mais alta e profunda. Já a Mini Me é a mais “gordinha”, com 2,5 kg. Se você precisa mudar de lugar com frequência ou quer guardar a máquina depois de usar, esse meio quilo a mais pode incomodar.
No dia a dia, todas se comportam bem. Mas a ergonomia da Genio S é mais pensada para o uso moderno: painel intuitivo, alavanca com boa pegada, bandeja fácil de ajustar. Dá pra usar com uma mão só, sem esforço. E quem já acordou atrasado sabe o valor disso.
Quem deve escolher cada modelo?
A verdade é que não existe a cafeteira perfeita para todo mundo — mas existe a certa para cada tipo de rotina.
A Piccolo XS é para quem só quer tomar café, ponto. Não liga pra firula, não precisa de painel, não faz questão de bebida personalizada. É o modelo mais barato, mais direto, mais analógico. E funciona, se esse for o seu estilo.
A Mini Me é para quem quer praticidade, mas ainda tem um pezinho no básico. Ela traz o modo automático, o que já elimina o risco de errar a medida da bebida, mas ainda é limitada em termos de opções. Serve bem quem toma café uma ou duas vezes por dia e quer um pouco mais de conforto, mas sem exageros.
A Genio S é para quem quer controle, estilo e versatilidade. Quer regular a temperatura? Dá. Quer café mais forte? Tem. Quer bebida longa? Também. Tudo isso num aparelho pequeno, bonito e fácil de usar. É a única que combina automação com customização real.
Conclusão: Genio S é a que mais entrega
Depois de comparar tudo — desde a pressão e o tempo de preparo até as funções extras e o uso diário — não tem como negar que a Genio S é a cafeteira mais completa entre as três.
Ela tem mais controle, mais recursos, mais opções de preparo e ainda consegue ser mais leve e compacta. A diferença no preço até pode parecer um obstáculo à primeira vista, mas se você valoriza sabor, praticidade e gosta de explorar diferentes estilos de bebida, o investimento vale cada centavo.
A Piccolo XS cumpre bem o papel de cafeteira simples, quase espartana. A Mini Me tenta equilibrar, mas não avança muito além do básico. A Genio S, por outro lado, entrega algo mais próximo da experiência premium — e ainda cabe na palma da sua mão.
Se você quer uma cafeteira de cápsulas que acompanhe o seu ritmo, te dê liberdade e ainda prepare um café como você gosta, sem enrolação: é ela.