Skip to content

Apple Watch SE 2 vs Apple Watch SE 1: o que realmente muda (e o que não muda)

comparativo

Apple Watch SE 2

diferenças

Apple Watch SE 1

vs

Trocar de smartwatch pode parecer uma decisão simples, até que a gente percebe que os modelos mais novos nem sempre trazem novidades relevantes. E quando estamos falando de dois produtos da Apple com o mesmo nome, mesma carinha e praticamente as mesmas funções, a coisa complica. Foi exatamente esse o sentimento ao colocar o Apple Watch SE de 2ª geração lado a lado com o Apple Watch SE original. Eles são absurdamente parecidos.

É o tipo de situação em que a gente espera uma revolução, mas recebe uma atualização tímida, quase protocolar. O visual continua idêntico, as funções básicas permanecem as mesmas, e a bateria — um dos pontos mais criticados — segue com a mesma autonomia limitada. A sensação é de déjà vu: parece que estamos lidando com o mesmo produto, mas com uma roupagem de “nova geração” que, na prática, pouco entrega.

Claro, existem diferenças. A Apple mexeu no processador, fez um ajuste aqui e ali na conectividade, e até adicionou um recurso de segurança. Mas será que isso basta? É hora de colocar tudo na balança — porque às vezes, o que parece novo é só mais do mesmo.

Conteúdos

Design: cópia carbono

Apple Watch SE 2 vs Apple Watch SE 1 diferenças

Já imaginou pagar mais caro por um produto novo e descobrir que ele tem exatamente o mesmo visual do modelo antigo? Pois é isso que acontece aqui. Tanto o Apple Watch SE 2 quanto o SE 1 têm corpo de alumínio com acabamento fosco, tela retangular com bordas arredondadas e o tradicional botão lateral com a coroa digital.

As dimensões seguem as mesmas: opções de 40 mm e 44 mm, com painel Retina OLED LTPO que entrega até 1.000 nits de brilho. A resolução, o tamanho da tela, a espessura… tudo igual. Nada de inovação visual, nada de surpresa. A Apple jogou seguro — talvez até demais.

O único detalhe técnico que muda é o peso. O SE 2 perdeu alguns gramas, especialmente na versão de 44 mm, o que o torna levemente mais confortável no pulso. Mas sejamos francos: isso é o tipo de detalhe que só faz diferença no papel técnico. No uso real, ninguém vai perceber.

É tão parecido que dá pra confundir os dois relógios só de olhar. Se você esperava um ar mais moderno ou algum sinal claro de renovação estética, pode esquecer. O SE 2 mantém tudo exatamente como era. E talvez isso diga muito sobre a proposta dessa nova versão.

Desempenho: novo chip, mesmo espírito

Ok, aqui temos algo que muda — pelo menos no papel. O Apple Watch SE 2 vem equipado com o chip S8, enquanto o SE 1 usa o S5. Ambos são de 64 bits e têm dois núcleos, mas o S8 é mais recente, mais eficiente e, teoricamente, mais rápido.

E sim, na prática dá pra notar alguma diferença. O SE 2 abre aplicativos com mais agilidade, lida melhor com múltiplas notificações e tem uma navegação mais suave quando comparado diretamente com o SE 1. Especialmente em situações com muitos apps em segundo plano, o ganho de fluidez existe.

Mas… não é nada de outro mundo. O SE 1 ainda responde muito bem e executa com tranquilidade todas as tarefas básicas. Se você não é do tipo que sobrecarrega o relógio ou exige desempenho intenso, a diferença pode passar completamente despercebida.

Ambos os modelos têm 32 GB de armazenamento, o que já é mais que suficiente para instalar aplicativos, sincronizar playlists e atualizar o sistema sem dor de cabeça. Ou seja, mesmo com um chip mais moderno, o SE 2 não entrega uma revolução em desempenho. Apenas uma evolução discreta — quase tímida.

Bateria: o mesmo problema de sempre

Apple Watch SE 2 vs Apple Watch SE 1 comparação

Aqui não teve esforço nenhum. Tanto o SE 2 quanto o SE 1 continuam com autonomia prometida de até 18 horas, o que na prática significa uma recarga por dia — ou até mais, dependendo do seu uso.

Se você usa o relógio para monitoramento de sono, por exemplo, vai precisar de um planejamento quase militar pra encaixar uma recarga ao longo do dia. Não é o tipo de aparelho que você esquece no pulso e só tira quando quiser. Com o Apple Watch SE, carregar é parte da rotina.

Os dois contam com carregamento magnético rápido, o que ajuda um pouco, mas não resolve. A autonomia ainda está presa no passado. A resistência à água segue igual nos dois modelos: até 50 metros, o que permite banho e natação leve, mas nada de esportes aquáticos pesados.

A Apple não moveu um centímetro nesse aspecto. E isso pesa. Porque mesmo que o relógio funcione bem, a necessidade de recarga constante limita — e cansa.

Conectividade: a diferença está nos detalhes

É aqui que a Apple fez uma mudança pequena, mas que pode ser importante para alguns usuários. O Apple Watch SE 2 traz Bluetooth 5.3, enquanto o SE 1 trabalha com a versão 5.0. Isso significa uma conexão um pouco mais estável, com menor consumo de energia. Na teoria.

Mas sejamos honestos: no uso do dia a dia, isso quase não faz diferença. Ambos se conectam ao iPhone com eficiência, oferecem suporte ao Apple Pay, contam com microfone e alto-falante, têm Wi-Fi, GPS e integração com o GymKit.

A única adição funcional realmente nova no SE 2 é o recurso de detecção de acidentes. Se você sofrer um impacto forte, como um acidente de carro, o relógio pode ligar automaticamente para os serviços de emergência. É um recurso de segurança importante, mas que, felizmente, esperamos nunca precisar usar.

Para quem busca tranquilidade extra, pode ser relevante. Para quem quer só um relógio esperto no pulso, talvez não mude nada.

Experiência de uso: idênticos em quase tudo

Apple Watch SE 2 vs Apple Watch SE 1 diferença

Agora vamos ao ponto mais direto: o que dá pra fazer com um, dá pra fazer com o outro. Os dois modelos oferecem exatamente a mesma experiência de uso no dia a dia. Monitoram atividades físicas, acompanham batimentos cardíacos, notificam mensagens, mostram alarmes, rodam apps, controlam música, organizam agenda…

Nenhum dos dois tem ECG, sensor de oxigênio no sangue nem tela Always On. Esses recursos continuam exclusivos das versões mais caras — como o Apple Watch Series 8 ou Ultra. Aqui, a Apple deixou claro o posicionamento: é uma linha de entrada com funções básicas.

A única exceção na experiência é a detecção de acidentes no SE 2. De resto, o uso é igualzinho. Mesmo sistema, mesmos apps, mesma interface, mesma resposta ao toque. A sensação é que a Apple entregou um produto quase gêmeo, só com um chip mais novo.

E quando a experiência é tão semelhante, a pergunta volta: por que pagar mais caro?

Conclusão: o que o SE 2 prometeu… e o que ele não entregou

A gente esperava uma renovação, mas o que chegou foi uma continuação quase idêntica. O Apple Watch SE 2 tem seu mérito: traz um chip mais recente, leve melhoria na conectividade e o recurso de detecção de acidentes. Mas, tirando isso, tudo permanece exatamente como era.

A bateria continua limitada, o visual não muda um milímetro, e o conjunto de funções é basicamente o mesmo. Isso faz com que o SE 1 continue sendo uma opção super viável — e até mais interessante em termos de custo-benefício.

O que mais nos surpreendeu, aliás, foi essa estagnação. A Apple teve a chance de corrigir pontos importantes do SE 1 — como a autonomia ou a ausência de alguns sensores — e simplesmente não mexeu. O SE 2 parece mais um aceno de marketing do que uma evolução real.

Quem já tem o SE 1 pode seguir tranquilo. E quem está pensando em entrar agora no ecossistema da Apple, talvez encontre no SE 1 uma escolha mais sensata. A diferença de performance é leve, e os recursos extras do SE 2 não justificam o preço mais alto para a maioria das pessoas.

No fim das contas, foi o SE 1 que nos deixou com aquela sensação de equilíbrio. Não é o mais recente, mas entrega tudo que importa. Sem firulas. Sem promessas vazias. E talvez seja justamente isso que a gente precise em um smartwatch: funcionalidade acima do marketing.