Chegar em casa e ainda ter que lidar com chão sujo é uma daquelas coisas que esgotam qualquer um. E quando você tem bicho, criança, ou simplesmente pouco tempo, encontrar um aparelho que aspire e passe pano ao mesmo tempo pode parecer um alívio. Foi aí que a gente topou com a linha Tineco One, uma sequência de aspiradores friegasuelos que prometem justamente isso: menos trabalho e mais resultado. Só que na hora de escolher entre o Tineco One S3, S5, S6 e S7, a coisa complica.
É uma linha com vários pontos em comum — tanques duplos, rolos giratórios, autolimpeza — o que dificulta enxergar de cara qual vale mais a pena. Mas são justamente os pequenos detalhes que mudam tudo na hora do uso. Um tanque maior, um modo a mais, uma luz que ilumina aquele fiapo que a gente nem vê… Enfim, mergulhamos nos quatro modelos pra entender de verdade o que muda de um pro outro e, principalmente, qual deles entrega mais por menos.
Estrutura grande, confortável e… um pouco teimosa nos cantos
É impossível fingir surpresa aqui: esses aspiradores são grandes. Todos eles têm um ar encorpado que você nota já na primeira pegada. O motivo é claro: todos trabalham com dois tanques — um de água limpa e outro de água suja — o que naturalmente exige mais espaço e peso.
Mas isso não quer dizer que sejam desconfortáveis. As alças são bem projetadas, com encaixe confortável, e as rodas traseiras ajudam bastante na hora de empurrar. O que incomoda um pouco é a mobilidade nos cantos mais baixos. Nenhum deles é especialmente bom em passar por baixo da cama ou do sofá. Nesses casos, o bom e velho pano ainda acaba sendo necessário.
Visualmente, são bem parecidos. O S3, S5 e S6 seguem quase a mesma linha de design, com pequenas variações nos detalhes. Mas o S7 chama atenção com uma luz LED no cabeçote — e, olha, isso ajuda mais do que a gente imaginava. Quando o ambiente está escuro ou a sujeira é mais fina, a iluminação frontal faz com que você enxergue o que normalmente passaria batido.
Força bruta? O S6 entrega um pouco mais (mesmo que ninguém diga isso alto)
A potência desses aspiradores é bem parecida, mas há sim uma hierarquia escondida. O Tineco One S6 é o mais potente, com 290 watts. Isso faz uma boa diferença quando você está lidando com sujeiras mais pesadas, como farelo agarrado ou pelos de bicho em tapete.
Já o S7, S5 e S3 giram entre 220 e 230 watts. É suficiente? Em pisos frios e madeira, sim. Mas quem tem carpetes ou crianças que fazem uma bela bagunça vai notar a diferença do S6.
Além disso, tem a questão dos níveis de potência. O S7 oferece quatro modos de intensidade, enquanto o S6 e o S5 trazem três, e o S3 só dois. Isso afeta não só a potência, mas o consumo de bateria e a forma como você pode adaptar o uso ao tipo de sujeira.
Claro, todos têm o sensor iLoop, que ajusta a força automaticamente dependendo da quantidade de sujeira. Esse recurso ajuda muito na economia de energia e na precisão da limpeza, mesmo quando você não quer ficar trocando modos manualmente.
Bateria que aguenta a limpeza, mas sem empolgar
Na prática, o tempo de autonomia entre os quatro é bem parecido. Todos oferecem cerca de 35 a 40 minutos de uso com uma única carga. Dá para limpar bem um apartamento médio ou uma casa pequena sem se preocupar.
O S7, por ter mais modos de ajuste e o sensor funcionando bem, consegue gerenciar melhor a energia e, às vezes, rende uns minutinhos a mais. Mas a diferença é sutil. O tempo de recarga também é quase idêntico em todos: de 4 a 5 horas. Isso significa que você precisa planejar o uso se pretende fazer faxinas longas no mesmo dia.
Nenhum deles tem opção de bateria removível ou recarga rápida. Ou seja: se a bateria acabar no meio da limpeza, é esperar. E isso pode ser frustrante se você estiver no ritmo da faxina e não quiser parar.
Tanques separados e inteligentes: aqui ninguém mistura água suja com limpa
Esse é o ponto mais forte da linha. Todos os modelos contam com sistema de tanques duplos, que separam a água limpa da suja. Isso parece básico, mas não é tão comum em outros modelos da mesma faixa de preço.
Só que há variações. O Tineco One S3 é o mais modesto: 600 ml de água limpa e 500 ml de água suja. Já os modelos superiores — S5, S6 e S7 — contam com tanques de 800 ml e 700 ml, ou até 850 ml no caso do S7.
Essa diferença se sente no uso. Com tanques maiores, você precisa parar menos vezes para reabastecer ou esvaziar. Isso faz a faxina fluir melhor, principalmente em casas com muitos cômodos ou piso claro, onde qualquer manchinha incomoda.
Além disso, todos eles controlam automaticamente o fluxo de água durante o uso. Esse sistema evita excesso de água no chão, o que é ótimo pra quem tem criança ou bicho correndo pela casa. O piso seca rápido e ninguém sai escorregando por aí.
Limpeza de bordas: só três encaram o desafio com seriedade
O rolo giratório no cabeçote é padrão em todos os modelos, o que já garante uma limpeza eficiente na maioria dos pisos. Mas só os modelos S5, S6 e S7 têm o sistema Edge Cleaning, que facilita a limpeza dos cantos e rodapés.
Quem já passou um pano rente à parede sabe como a sujeira gosta de se esconder ali. Esse sistema realmente chega mais perto da borda, e você sente menos necessidade de retoques manuais depois.
O S3, por outro lado, tem um cabeçote mais tradicional. Funciona bem no centro dos ambientes, mas nos cantos… bom, você vai precisar insistir um pouco mais. E claro, o S7 ainda tem a luz LED embutida no cabeçote, que ajuda a localizar poeira e farelo escondido mesmo em lugares com pouca luz.
Conexão com o app e tela LCD: um toque de modernidade que agrada
Aqui, todos os modelos estão bem alinhados. Todos se conectam ao aplicativo da Tineco, onde você pode ver o histórico de limpeza, verificar alertas de manutenção e até receber sugestões de uso. Não é essencial, mas pra quem gosta de dados e controle, é um agrado.
A tela LCD também está presente em todos os quatro. Ela mostra informações como o modo de limpeza, carga da bateria e alertas em tempo real. A experiência de uso fica mais intuitiva, principalmente quando algo dá errado ou precisa de atenção.
Esse combo de tela com app dá um ar moderno até pro S3, que é o mais básico da turma. Mesmo ele parece bem atualizado nesse aspecto, o que nem sempre acontece em produtos de entrada.
Autolimpeza? Sim, e é mais útil do que parece
Todo mundo odeia a parte de limpar o que limpou a casa. Por isso, o modo de autolimpeza é um dos nossos preferidos. Todos os modelos da linha Tineco One têm essa função: você encaixa na base, aperta um botão, e o aparelho limpa sozinho os dutos e o rolo.
Parece mágica, mas é só engenharia bem pensada. Evita o acúmulo de sujeira e mofo, além de manter o desempenho alto sem esforço. E o melhor: você não precisa colocar a mão em nada nojento.
É aquele tipo de detalhe que, depois que você se acostuma, vira impossível de viver sem. Especialmente em semanas mais corridas, quando a última coisa que você quer é desmontar o aspirador inteiro pra lavar.
Pensando bem… é o S6 que equilibra melhor tudo isso
Depois de tudo que testamos, comparamos e revisitamos, a verdade é que o Tineco One S6 se mostrou o mais equilibrado da linha. Ele tem a potência mais alta, o cabeçote com Edge Cleaning, tanques grandes, sensor iLoop, conectividade completa, tela clara e autolimpeza. E isso tudo sem chegar no preço mais alto da família.
O S7? Sim, ele traz a luz LED e um nível extra de potência, mas… será que vale pagar mais só por isso? No uso real, o desempenho do S6 é praticamente idêntico — e em algumas situações, até mais eficaz. A diferença de watts entre os dois não justifica, principalmente considerando o custo.
O S5 é quase um S6 simplificado. Fica devendo justamente na força de aspiração, que pode fazer falta em pisos mais sujos ou com texturas. E o S3, coitado, funciona, mas claramente está em outra categoria. Para uso ocasional, ou em espaços pequenos, pode até dar conta. Mas a gente sentiu que falta ali o refinamento que torna a faxina menos cansativa.
Então, se você está querendo um friegasuelos que faça o trabalho direito, sem rodeios nem truques, o Tineco One S6 parece ser o ponto certo entre funcionalidade, desempenho e preço. Dá pra confiar nele sem medo de acabar com metade da casa limpa e a outra esperando recarga. E no fim do dia, é isso que importa.